"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros." (Che Guevara)

segunda-feira, 25 de março de 2013

O esquema privatista do PT e a EBSERH


      O esquema privatista do PT com o intuito de desenvolvimento do capitalismo brasileiro é bastante claro, e seu sucesso (que tem benefícios privados, óbvio) garante a continuidade do partido no poder. Aliás, há tempos que a continuidade do PT no governo deixou de ser uma tática política para o partido e virou a finalidade, em que todas as ações visam esse objetivo. Em certa medida tal modelo é ainda mais benéfico aos interesses privados do que a prática neoliberal do seu rival, PSDB, porque se este almeja transferir totalmente o patrimônio público para mãos particulares, o PT permite que empresas privadas utilizem recursos humanos e materiais sustentados com dinheiro público, e garante de antemão os lucros para tais empresas: é um capitalismo sem risco e altamente lucrativo. Podemos encontrar esse modelo nos aeroportos, estradas, ferrovias, portos, construção civil e também na Universidade.
      Neste último caso, vemos uma série de medidas que, observadas em conjunto, revelam a lógica do modelo petista. Indo além da transferência direta de recursos para entidades privadas, como é o caso do PROUNI e do FIES, pode-se observar várias medidas que apontam na direção do controle privado de recursos humanos e utilização de infraestrutura pública. De modo geral, observa-se que o governo reduz os gastos públicos na área de educação (http://www.andes.org.br:8080/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=5166) e permite que a Universidade vá buscar fundos no meio privado. Obviamente esses fundos exigem algum retorno, que na maioria das vezes se dá através de realização de pesquisa de ponta para as empresas investidoras, ou da transferência de mão de obra qualificada para essas entidades. Para dar um exemplo prático de como isso funciona, basta analisar o que a Lei de Inovação Tecnológica permite na relação dos cursos de informática das IFES com empresas privadas (note o caso do Centro de Informática da UFPE: http://www2.cin.ufpe.br/site/secao.php?s=5&c=58).

quarta-feira, 13 de março de 2013

Gregório Bezerra, Presente!

113 anos de nascimento de Gregório Bezerra

por Roberto Arraes*
Alguns escritores e poetas definiram a questão da morte relacionada com as pessoas que lideram e lutam por causas justas e coletivas de uma forma muito especial. O poeta e escritor Guimarães Rosa disse que pessoas assim, de fibra, “não morrem, elas se encantam”; para os índios, segundo Antônio Callado disse no Quarup, as pessoas que têm essas características “nunca morrem, pois o seu pensamento entra em outras cabeças”.

Gregório Bezerra nasceu no início do século XX, em 13 de março de 1900, no Município de Panelas. Sofreu todas as dificuldades para sobreviver na infância, começando a trabalhar com 4 anos de idade, ficou órfão aos 6 anos, trabalhou como doméstico aos 10 anos em Recife, carregou frete, foi vendedor de jornais, mesmo sendo analfabeto até os 25 anos. Foi preso quando era ajudante de pedreiro porque apoiava a luta dos trabalhadores da construção civil, quando tinha apenas 16 anos, e cumpriu quase cinco anos de prisão, na Casa de Detenção do Recife. Não desistiu diante de tudo que enfrentou e que sofreu.

Foi para o exército, viajou para o Rio de Janeiro, aprendeu a ler e a escrever, fez curso de sargento, foi um dos mais destacados do País, andou pelo Brasil e depois veio servir em Pernambuco, como sargento instrutor de educação física e de tiro ao alvo.