(Nota Política)
A cúpula do PSB continua sua saga para destruir os espaços públicos de Pernambuco e tornar o estado e a cidade do Recife um modelo de espaço-negócio. O modelo de espaço-negócio considera todo território como um espaço de geração de lucro que deve ser devidamente privatizado. Não importa as relações afetivas, a importância histórica, cultural e ambiental do território. Muito menos regulação jurídica. Tudo isso é supérfluo para o poder econômico e os governantes. O Projeto Novo Recife é o grande símbolo desse modelo de gestão do espaço urbano, mas não é o único.
Fica evidente que para privatizar o espaço urbano é importante acabar com a vida cultural dele, como forma de debelar as possíveis resistências. O PSB persegue implacavelmente os grupos de maracatu e de cultura tradicional no carnaval, desvaloriza os artistas regionais em festas tradicionais (como São João e Carnaval), apoia de forma aberta a especulação imobiliária e as construtoras no seu projeto de cidade. Ataca a vida cultural e social do Recife Antigo, criminaliza as estratégias alternativas de sobrevivência (como os ambulantes no metrô) e agora pretende proibir apresentações de artistas nas ruas de Pernambuco. Pessoas do mundo circense, dança, teatro, etc, serão proibidas de exercerem sua profissão e levarem um pouco mais de vida a essa cidade dominada por um modo de sociabilidade irracional e doente.