Em nota, a União da Juventude Comunista (UJC) de Pernambuco vem a público mais uma vez se posicionar sobre os últimos acontecimentos sobre o aumento das passagens do transporte público da Grande Recife. Dessa vez, o objetivo é evidenciar a diferença, nem tão perceptível, entre Miguel Arraes e Eduardo Campos (avô e neto).
“a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa” (Karl Marx – 18 do Brumário)
O dia 20 de Janeiro de 2012 é um dia para ficar na História do povo Pernambucano, mais uma honrosa página foi escrita em nosso livro de lutas libertárias. Como é de costume desse povo indignar-se diante de injustiças. A História como testemunha mostra isso perfeitamente, só uma coisa não muda: a tinta usada, o vermelho rubro é a mesma, correm nas veias desse povo. A população indignada com mais um aumento abusivo das tarifas de ônibus saiu às ruas para protestar, quando foi reprimida violentamente pela força policial do Governo do Estado, o palco foi as ruas do centro do Recife, com o seu desfecho, na tradicional Faculdade de Direito do Recife (FDR). Esta mesma faculdade que há exatamente 51 anos, em maio de 1961, foi palco de um grande movimento estudantil em Pernambuco, que ficou conhecido como a greve dos estudantes de Direito do Recife, em 1961, que envolveu o exército e a presidência da República. E contou com o apoio das outras Instituições de Ensino Superior (UNICAP, UFRPE). O objetivo era comum a todos, Liberdade!
O acontecimento de 1961

O acontecimento de 2012

Campos e Arraes: há mesmo semelhanças?
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Eduardo Campos e Miguel Arraes. Crédito: Diario de Pernambuco |
Eduardo Campos prometia o céu e a terra para chegar ao poder do executivo. Hoje em Pernambuco, seu feudo, ele governa praticamente sem oposição – por cooptar quase todas as siglas –, contando com a simplicidade do nosso povo que tem facilmente sua esperança enganada, na expectativa de dias melhores termina por acreditar em mitos.
Temos a plena convicção de que o Governo do “Coronel Eduardo Campos”, em nada lembra o governo do “Dr. Arraia”, que teve avanços significativos para os trabalhadores na época. No âmbito Cultural, Educacional, Saúde e Habitação. Sendo até hoje referência quando se fala nestes aspectos, um grande exemplo é o Movimento de Cultura Popular o (MCP), aglutinando vários pensadores das mais diversas correntes, porém com um mesmo objetivo erradicar o analfabetismo no Estado de Pernambuco. Vale lembrar também que Arraes foi o primeiro a fazer concurso para o magistério e expandiu a rede municipal. E “Dudu” (ou melhor, É Dudu) pratica intensivo avanço (quase que velado) da privatização da rede de saúde do estado, na mão de fundações, e terceirizando e explorando os profissionais de saúde com baixo salários e uma tremenda carga horária. Na educação, escolas fantoches de educação integral (as ditas escolas “referências”) são as que são propagandeadas na TV e a população entorpecida achando que seus filhos talvez tenham uma oportunidade de estudar em uma escola melhor, enquanto, na verdade, a realidade da maioria das escolas em nada tem de referência; e a condição do salário dos professores é um dos piores do Brasil. Calma! Nem tudo é noticia ruim (pelo menos para alguns, tem gente que gosta muito de Eduardo Campos), os empreiteiros, usineiros, os empresários, os banqueiros, nossa elite local que está ganhando rios de dinheiro com esses mega-espetáculos, estão criando o Circus Maximus, ops, Arena da copa! Seria muito fora de moda copiar os Romanos, porém a política do pão e circo é a mesma. Comédia para as elites e tragédia para os trabalhadores.
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