"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros." (Che Guevara)

domingo, 29 de janeiro de 2012

O outro mundo possível: é socialista?

Zuenir Ventura, no jornal O Globo, alega que outro mundo possível não deve ser o socialista, se utiliza de fragmento da nota política da UJC para tal. Podemos inferir uma coisa desse comentário, a ideia de socialismo incomoda as elites, e a UJC se mostra como força potencial em lutar pelo socialismo e propagar as bandeiras socialistas. Sim, o outro mundo é possível e ele tem que superar o capitalismo, o caminho é o socialismo!
Para ampliar clique na imagem.

Segue a nota política na íntegra:

Um outro mundo é possível... e necessário: O Socialismo!!!
Um outro mundo é possível... e necessário: O Socialismo!!!
“Na luta de classes
todas as armas são boas
pedras
noites
poemas”
Paulo Leminski
A União da Juventude Comunista (UJC), Juventude do Partido Comunista Brasileiro (PCB) saúda os participantes do Fórum Social Mundial Temático 2012 e propõe debates necessários na construção de mudanças estruturais na sociedade vigente.
Mais uma vez, o Brasil se torna centro de diversos movimentos, entidades e partidos do campo popular de todo o mundo. Estudantes, trabalhadores urbanos e do campo, sem terras, indígenas, negros, mulheres, dentre outros, se unem em um grande evento mundial para denunciar as mazelas produzidas por aqueles que detêm o poder econômico e político.
Vivemos uma conjuntura de crise do capitalismo, porém já há algum tempo o FSM - Fórum Social Mundial deixou de lado sua artilharia contra o modo de produção vigente, ao propor como solução para os crescentes problemas sociais, econômicos e ambientais que afligem a humanidade, um pacto por um capitalismo mais humanizado e sustentável. O capitalismo, para nós Comunistas, hoje, entra em choque com as demandas mais básicas para as necessidades humanas como moradia, saúde, educação, ou seja, é impossível humanizar o capitalismo!!!
A estrutura atual do Fórum Social Mundial é descentralizada, mas quem “dá as cartas” são as ONGs e os grupos social-democratas que dirigem os espaços de organização e debate do Fórum, negando a importância de partidos e organizações revolucionárias, assim como de espaços deliberativos que confrontem a ordem. Entre avisos e faixas de que “Outro Mundo é Possível", não se permite dizer o nome deste outro mundo, nem tão pouco falar em superação do capitalismo, mas falar em igualdade, distribuição mais justa, protagonismo, tudo isso se ouve aos montes. Da Fundação Ford até o Instituto Luis Eduardo Magalhães, a ABRINQ e a ABONG todos estão comprometidos com a integração de culturas, a defesa da Amazônia e com um futuro melhor. Mas que futuro é esse? Com certeza o outro mundo possível e necessário para os trabalhadores não é o mesmo destas organizações e sujeitos que vivem da exploração do trabalho.
Porém, mesmo no clima de dispersão montado por sua organização, o Fórum pode ser válido na articulação de organizações, entidades e pessoas inseridas na luta popular anticapitalista. Para nós comunistas, as lutas pelas necessidades básicas para os trabalhadores como a luta contra as privatizações da saúde e educação, pelo direito a moradia, ao transporte público e barato, pela soberania e paz entre os povos, são lutas que entram em choque com a própria necessidade de expansão dos lucros e interesses dos capitalistas. Por isso, propomos que neste Fórum consigamos articular experiências e lutas concretas que possibilitem edificarmos uma frente política e unitária anticapitalista e anti-imperialista.
No campo da saúde, precisamos fortalecer a unidade de luta e proposição da frente nacional contra a privatização da saúde. Lutar contra a privatização da saúde também representa colocar na ordem do dia a luta por um SUS público, estatal e de alta qualidade. Para a educação, em particular nas universidades, nós da UJC destacamos a necessidade de durante o FSM pensar um projeto de universidade alternativo ao projeto do capital. O projeto hegemônico para a universidade brasileira é global e dinâmico, é nossa tarefa questioná-lo e contrapô-lo, o que exige que trabalhemos não somente a partir de ações pontuais e reativas a seus avanços, mas principalmente a partir da formulação de um projeto alternativo igualmente global. Desta forma, a discussão em torno de uma educação e universidade popular se revela muito mais do que uma oposição às reformas universitárias atuais, visto que se insere na reflexão ativa sobre um outro projeto de sociedade, a ser protagonizado por todos os setores explorados e oprimidos pela sociabilidade vigente.
O chamado à luta popular é uma tarefa árdua e deve ser tratada de maneira criativa valorizando experiências locais ligadas a um projeto global de superação do capitalismo. É neste sentido que convidamos as organizações, entidades e indivíduos a realizar e apoiar atividades paralelas que evidenciem o caráter predatório do capitalismo em crise, a luta anti-capitalista dos povos, na Grécia, em toda Europa e no Oriente, e também a lógica elitista do governo brasileiro de Dilma (PT), que se coloca a serviço da classe dominante, quando beneficia setores do agronegócio, da especulação financeira e do empresariado em detrimento dos trabalhadores.
E não nos furtamos de chamar a atenção de que a humanidade pode caminhar para dois rumos opostos: o Socialismo ou a Barbárie! Por isso afirmamos que um outro mundo é possível... e necessário: o mundo socialista!!!
União da Juventude Comunista

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