Na última quarta feira, dia de 12 março, duas militantes da UJC sofreram uma tentatica de estupro por dois neonazistas em frente ao bandejão da Universidade Federal Fluminense(UFF) em Niterói. Os agressores esbravejaram ofensas anticomunistas, machistas, intolerantes, além de defender a superioridade da raça ariana, além de tentarem violentar as meninas pelo simples fato de uma delas estarem com um broche do PCB estampado. Graças a ação e solidariedades de estudantes e dos seguranças da universidade algo mais grave não aconteceu e o caso foi encaminhado para a polícia que nada fez. Após este incidente, diversos membros de grupos fascistas e reacionários têm tentado intimidar militantes da UJC, independentes e de outros coletivos pelas redes sociais.
Como é sabido grupos Neonazistas se organizam livremente em diversos estados pelo Brasil, realizam ações sucessivas de ataques a moradores de rua,feministas,nordestinos, gays, além de intimidarem organizações e movimentos populares de esquerda. O avanço destas organizações se materializa em uma conjuntura de intensificação e acirramento das lutas de classes no país e no mundo. O aumento da exploração dos trabalhadores, retirada de direitos sociais, mercantilização da saúde, educação, moradia, meio ambiente e outros bens fundamentais para a vida são alguma das saídas para a continuidade dos lucros dos monopólios capitalistas.
A criminalização da pobreza e dos movimentos populares, a militarização das sociedades,o conservadorismo dos monopólios midiáticos, os fundamentalismos religiosos, o racismo, machismo e a homofobia são marcas políticas e ideológicas crescentes na sociedade brasileira. Mais do que crescentes, mas são verdadeiros sustentáculos ideológicos e culturais da barbárie e banalização da vida dos trabalhadores e juventude. Infelizmente, o atual pacto social sintetizado nos governos atuais só tem acumulado para esta onda reacionária e conservadora na sociedade brasileira. Enquanto os governos criminalizam e reprimem os movimentos populares e as críticas a atual ordem social, crescem grupos, parlamentares e posicionamentos reacionários na sociedade brasileira. Avaliamos a aparição de neonazistas no país a partir deste contexto.
Mais do que serem grupos e organizações que procuram massificar o interesse dos monopólios capitalistas por meio do ultra nacionalismo, ódio ao considerado diferente e o anti-comunismo, os atuais grupos neonazistas são a materialização da barbárie. Este ataque sofrido pela UJC demonstra bem a característica destes. Os fascistas não conseguem lidar com a existência de uma organização comunista coerente, preparada, jovem no século XXI, e ainda não toleram que mulheres feministas tenham esta posição. O machismo se misturou ao histórico anti comunismo, a luta pela emancipação da mulher perpassando pelo projeto de emancipação humana é intragável para os fascistas!
Por isso, temos a certeza que nossas causas são justas. Não pertencem unicamente às comunistas da UJC, mas a todos que se rebelam contra a barbárie do capital. A UJC ao longo dos seus mais de 80 anos de fundação possuí uma ampla experiência em resistir a ditaduras, a lutar contra o nazi-fascismo e contra o conservadorismo. Não nos intimidaremos com ameaças e ataques, estamos preparados não somente para resistir mas para contribuir lado a lado com a juventude e o povo trabalhador para uma ampla contra ofensiva à barbárie capitalista e todos os seus lacaios!
Coordenação Nacional da União da Juventude Comunista
Março 2014
Fonte: Site PCB
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