"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros." (Che Guevara)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sempre revolucionária nunca morta, nunca inútil: a vida política de Frida Kahlo

México - [Paula Cervelin Grassi] Ultimamente tenho escutado o alerta do quanto "Frida está pop". Afirmação que ao ressoar em meu corpo, remete a associações e indagações.

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Uma das minhas primeiras reações é a lembrança do também "pop" Che Guevara. Surge assim a primeira questão: Frida Kahlo já se tornou um mito de consumo? Segundo Claúdio Carvalhaes, está há anos em curso (assim como em Che) o processo de esvaziar as referências políticas, culturais e revolucionárias de Frida para ficar palatável ao consumo regrado de beleza norte americano. Pergunto assim, a quem interessa que a memória de Kahlo não seja associada às suas opções políticas ou, quando exposta, de forma muito rasa. É comum citar que a artista tinha aspirações revolucionárias sem titulá-las ou, quando definidas, ligadas aos seus relacionamentos afetivos. Como se seu interesse político partisse ou fosse compreendido através da sua vida amorosa. Mas então, quais foram as referências políticas de Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon Rivera? Quais os registros do seu interesse político e social?

Uma primeira evidência das suas ideias políticas é sua opção pelo ano de nascimento. A artista nasceu em 6 de julho de 1907 em Coyoacán, Cidade do México, porém em seu diário afirma ter nascido em 1910, ano em que a Revolução Mexicana eclode. Para a pintora também: "La emoción clara y precisa que yo guardo de la Revolución mexicana fue la base para que a los 13 años de edad ingresara em La juventud comunista".

Na Escola Nacional Preparatória, ao entrar em 1922, fará parte do Los Cachuchas, um coletivo político de afeição socialista. Em 1925 se afasta da Escola após o acidente com o bonde que comprometeu sua saúde pelo resto da sua vida. Quando recuperada passa a frequentar reuniões e festas semanais do meio artístico e político e em 1928 filia-se ao Partido Comunista.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

EM DEFESA DO POVO PALESTINO E PELA PAZ EM GAZA

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O Fórum de Ações Populares (FAP) vem a público expressar o seu repúdio ao massacre israelense contra o povo palestino, que atinge principalmente a idosos e crianças. 


A brutal invasão sobre a Faixa de Gaza se caracteriza por mais uma ação genocida do Estado de Israel direcionada à população palestina. Dia a dia são contabilizadas centenas de mortos, a grande maioria composta de civis indefesos. 

Bombardeios indiscriminados atingem escolas e hospitais, vitimando inúmeras de crianças. Uma atrocidade inaceitável para a comunidade internacional, inclusive para vários movimentos sociais israelenses que se manifestam contrários ao belicismo de Israel, apoiado sempre pelos imperialismos estadunidense (EUA) e europeu (Inglaterra, Alemanha, França e outros mais). 

O que estamos assistindo é um verdadeiro crime de lesa-humanidade que deve ser repudiado por todos os que se alinham na defesa do direito dos povos à autodeterminação.

A Faixa de Gaza é atualmente a área mais densamente povoada do mundo, com 1,7 milhão de habitantes confinados em apenas 365 quilômetros quadrados, submetidos a um bloqueio permanente que a converte em um gigantesco campo de concentração a céu aberto.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Quem disse que o comunismo morreu?

por Otávio Dutra*

Amanhã pelas ruas
Os povos triunfantes marcharão
E ante o exército vermelho
Os poderosos irão tremer
(trecho da Jovem Guarda, música escolhida como hino da FJC)

Ao mesmo tempo que nossos corações estão explodindo de indignação e revolta pelo massacre das crianças e trabalhadores palestinos por meio do nazi-sionismo de Israel e seus aliados na União Européia e EUA, a esperança se renova ao regressar do México com a certeza que ai surge uma organização dos oprimidos sólida, de análises profundas e de intenso trabalho com o movimento operário e popular nesse país irmão. O jovem Partido Comunista de México acaba de celebrar nos dias 12, 13 e 14 de julho o congresso de fundação da Federação de Jovens Comunistas (FJC), organização juvenil que nasce através de um importante esforço unitário entre a Liga da Juventude Comunista (LJC), a Juventude Comunista Revolucionária (JCR) e outras organização de jovens revolucionários de distintas regiões do México. O congresso foi realizado na cidade de Oaxaca, no sul do país, local de histórica resistência e alto nível de organização popular. Em 2006 a cidade foi conhecida pela Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca que enfrentou e derrotou o governo do estado. Em meio a esse ambiente de rebeldia popular se formou a Federação de Jovens Comunistas.

A FJC surge como uma organização alegre, rebelde e profundamente vinculada às lutas da juventude popular do México; uma escola de jovens comunistas de teoria e, sobretudo, de prática, orientada pelo marxismo-leninismo, por uma ação organizada e coletiva junto à juventude operária, camponesa, estudantil e popular e seguindo a herança revolucionária dos guerreiros maias e astecas, de Pancho Villa e Emiliano Zapata, de Frida Kahlo e David Siqueiros, de José Guadalupe Rodrigues y Primo Tapia, dos mártires do PCM assassinados recentemente pela burguesia e seu aparato de repressão: camaradas Raimundo Velazquez, Samuel Vargas, Miguel Solano, Luis Olivares, Ana Lilia Gatica, Manuel Homobono e Antonio Velazquez presentes, hoje e sempre!

Declaração Comum das Juventudes Comunistas sobre o novo genocídio de Israel contra o povo palestino


As organizações juvenis que assinam essa declaração denunciam veementemente as operações militares do Estado de Israel contra o povo palestino, que já geram a perda de centenas de vida.



Os Estados Unidos, assim como a União Europeia, que estimulam essas atividades criminosas de Israel através de seu total apoio, igualando os culpados às vítimas, reforçando as relações políticas, financeiras e militares com Israel de diversos modos, organizando treinamentos militares conjuntos com forças armadas de Israel, têm uma grave responsabilidade sobre o crime continuado contra o povo palestino e sua juventude.

As Juventudes Comunistas convocam homens e mulheres jovens de todo o mundo a deter, com nossa luta e solidariedade internacionalista, o novo genocídio de Israel contra o povo palestino e seus jovens, que estão na mira da agressão imperialista, imersa em um contexto de planos imperialistas que existem e estão em curso na região do Oriente Médio e do Mediterrâneo Oriental.