"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros." (Che Guevara)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Engels: bem mais que um segundo violino



Por José Paulo Netto

"Engels nunca se cansou de repetir que, junto de Marx, não passava de um “segundo violino”. Auto-caracterização modesta, que foi posteriormente utilizada não só para amesquinhar a grandeza da sua contribuição à obra marxiana como, também, para reduzir o signi ficado da sua própria produção".

Há 13 anos a Editora Expressão Popular vem contribuindo para a batalha das ideias e para o fortalecimento da cultura socialista em nossa sociedade. Nossa contribuição só foi possível por contarmos com a solidariedade e o compromisso de mais de 300 companheiros e companheiras que se juntaram a nós e fizeram/fazem parte deste processo através da cessão de direitos autorais, de trabalhos de revisão, editoração, diagramação, divulgação etc. Seguimos firmes nesta batalha e estamos buscando travá-la cada vez co mais afinco e em mais frentes. Neste sentido, estamos inaugurando em nosso site a seção “Batalha das ideias”, na qual publicaremos textos de intervenção e de combate, com vistas a fortalecer a cultura socialista em seu mais amplo espectro. Primaremos por conteúdos que estejam para além tanto das discussões do que Antonio Gramsci bem definiu como “pequena política” quanto dos debates estritamente acadêmicos.O intuito desta iniciativa é apresentar de modo mais dinâmico temas que contribuam para uma melhor compreensão da nossa sociedade hoje com vistas a transformá-la, através de textos que recuperem os aspectos atuais do pensamento clássico da classe trabalhadora.


Reprodução

Após a morte de K. Marx (1818-1883), F. Engels, dois anos mais novo que seu amigo e camarada, tornou-se a referência maior do movimento socialista revolucionário. Pelos doze anos seguintes (Engels faleceu em 1895), a ele recorreram teóricos e publicistas do movimento para clarificar questões de natureza teórica, dele se socorreram lideranças políticas para esclarecer dúvidas estratégicas e/ou pontuais – e o reconhecimento universal da relevância deseu protagonismo revolucionário foi atestado pela sua recepção triunfal no “Congresso Operário Internacional” (Zurique, agosto de 1893).