"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros." (Che Guevara)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Recife tem ato de solidariedade e apoio ao governo do presidente Nicolás Maduro e ao povo venezuelano na sua luta contra o imperialismo e contra o golpismo da direita.

Por Jones Makaveli*



Reprodução
Na semana passada, mais precisamente numa terça-feira (18/02), várixs militantes comunistas viram que o grupo liberal-fascista de Recife chamado Estudantes Pela Liberdade (EPL) iria fazer um ato apoiando os golpistas da Venezuela e o imperialismo do EUA que na sua sanha sanguinária incansável tenta espalhar o caos e a destruição pelo mundo. Esse ato dos liberais-fascistas aconteceria na sexta-feira passada (21/02), em resposta a isso xs militantes comunistas e internacionalistas do Recife organizaram, horizontalmente, um ato de resposta no mesmo dia e horário que os liberais fascistas. O objetivo era claro: rechaçar o ato dos liberais-fascistas e mostrar que o povo de Recife apoia a Revolução Bolivariana, sua luta, suas conquistas, sua ideologia. Mostrar que as ruas de Recife são da esquerda; que o fascismo, em ascensão como de costume em momento de crise do capital, foi derrotado pelos comunistas uma vez e será derrotado sempre. 

Fruto de uma articulação orgânica, horizontal; sem dirigismos e estrelismos, a esquerda de Recife marcou um ato chamado “Ato em solidariedade ao povo e contra o golpe fascista”. Entramos em contato com xs embaixadores e acertamos um encontro com eles para entregarmos uma nota, escrita de forma coletiva com a contribuição de todas as pessoas e organizações que tiveram interesse em construir o ato.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ESCALADA FASCISTA NA UCRÂNIA

NOTA DOS EDITORES DO ODIÁRIO.INFO


A situação na Ucrânia configura a crise politica e social mais grave ocorrida no Continente Europeu desde a guerra de agressão contra a Iugoslávia. 

Uma aparente dualidade de poderes oculta um real vazio de poder. 

A Rada (Camara de deputados) pretende controlar a situação. Oleksandr Turtchinov , do Partido Pátria, de Júlia Timoshenko, assumiu interinamente a presidência do país. Esse órgão legislativo destituiu o presidente Yanukovitch, restabeleceu a Constituição de 2004 e marcou eleições presidenciais para 25 de Maio. 

Reprodução | Fascistas queimam barricadas de pneus  e veículos - Praça Maidan, Kiev (22/1/2014)
A Ucrânia está à beira da bancarrota e muita água correrá pelo Dnieper até essa data. 

Na prática os grupos extremistas da Praça Maidan que recusaram o Acordo firmado por Yanukovitch, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de países da União Europeia e pela oposição da Rada, forçaram o presidente (cujo comportamento foi indecoroso) a fugir para Kharkov, e emergem como poder real na caótica situação criada na Ucrânia Ocidental. 

Júlia Timoshenko, vinda do hospital onde se encontrava em Kharkov sob prisão, compareceu na Praça numa cadeira de rodas e pronunciou ali em tom patético um discurso populista, carregado de ameaças. Mas não despertou o entusiasmo que esperava. Ela e o seu partido Pátria mantiveram ligações íntimas com a oligarquia corrupta que dominava o país. 

Bem organizados, os grupos extremistas da Praça Maidan continuam a atuar como poder real. Um deputado do Partido das Regiões, de Yanukovitch, que afirmara a sua indisponibilidade para participar num governo de coligação, foi retirado da Rada e levado para a Praça algemado, com um cartaz onde se lia a palavra «Traidor!». 

Na Rada a língua russa foi proibida e os canais de televisão que transmitiam também em russo passaram a emitir somente em ucraniano. Uma deputada do partido de extrema-direita Svoboda sugeriu num discurso impregnado de ódio que todos os russos da Ucrânia (mais de 20 milhões) sejam expulsos. 

O líder de outro partido ultra nacionalista, neo fascista, pediu a expulsão dos «comunistas, dos judeus e da escumalha russa». 

O deputado do Partido Radical Oleg Lyashko exigiu a execução publica de Yanukovitch. 

Em Lvov, no Noroeste do país (província de maioria católica que era polaca em 1939), a perseguição aos comunistas é frenética, feroz. 

Uma vaga de anticomunismo selvagem varre grande parte da Ucrania. Na capital e nas cidades da Ucrânia Ocidental, organizações de extrema-direita praticam crimes abjetos, perante a passividade do exército e das polícias. Desde o III Reich nazi que não acontecia algo comparável na Europa. O fascismo exibe na Ucrânia, com arrogância desafiadora, a sua face hedionda. 



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Não vai ter Copa!

Por Mauro Iasi.
O futebol é um esporte. Para quem pratica e para quem assiste costuma ser muito apaixonante e cumpre funções bem interessantes. Por exemplo, podemos sofrer, nos alegrar, chegar à exaltação, por motivos absolutamente irrelevantes: uma bola que passou perto, a polêmica marcação de uma penalidade, uma jogada de efeito ou mesmo uma absolutamente ridícula, uma cena magistral da mais pura arte que resulta em gol ou um caos de corpos e acidentes que culminam na bola rolando indolente ao cruzar a linha sob o olhar de milhares de pessoas.
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O futebol, como tudo, foi capturado pela sociedade da mercadoria. Na sua forma mercadoria, seu valor de uso é subssumido pelo valor de troca. É só meio para realização de mais valor, para a valorização do capital. Desta maneira é espetáculo, não em seu conteúdo substantivo (nos elementos que o constituem como esporte ou na paixão que provoca), mas em sua própria forma.
O megaevento, a Copa da FIFA, é só a potencialização desta forma mercadoria levada ao máximo, com seus negócios, interesses, investimentos, mercados milionários, a indústria do turismo e outras que passam a ocupar a centralidade que antes o jogo ocupava. Soma-se a este fato a conjuntura em que ocorrem os jogos e sua utilização política como são famosos os exemplos das olimpíadas na Alemanha nazista e a Copa do Mundo na Argentina em 1978 na época da ditadura militar.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

CONSTRUIR O PODER POPULAR

Nos dias 25 e 26 de janeiro, no Rio de Janeiro, a Coordenação Nacional da UJC (CNUJC) discute e delibera sobre as principais tarefas da UJC neste ano de fortes enfrentamentos contra o capital.

Para Luis Fernandes, membro da CNUJC, a juventude comunista do PCB terá como eixo norteador de suas ações, a luta e a construção do Poder Popular. O dirigente Comunista afirma que ‘é papel de todo jovem comunista se inserir nas lutas contra os mega eventos no brasil, a precarização e a privatização dos serviços básicos à população como o transporte a saúde e a educação. Não temos dúvidas de que somente o poder nas mãos dos trabalhadores é o único caminho para resolvermos estes problemas. Aqui no Brasil, chamamos este poder de Poder Popular’, explica Fernandes.

Ainda segundo Fernandes, esta mais do que na hora de fortalecermos os trabalhados de solidariedade internacional. As contínuas prisões e assassinatos promovidas pelo estado narco-terrorista da Colômbia e o sofrimento dos trabalhadores haitianos com o avanço do imperialismo brasileiro na região – lembrem-se que o exercito brasileiro esta há 10 anos ocupando o Haiti – deve ser pauta das organizações anti-capitalistas e anti-imperialistas.

Confira na íntegra a Nota Política da Coordenação Nacional da UJC:

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(Nota Política da UJC)

2014 é o ano das lutas da juventude e dos trabalhadores

2014 promete ser um ano de intensas mobilizações da juventude e dos trabalhadores no Brasil. Grandes empreendimentos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas (em 2016) fazem explodir uma série de descontentamentos na sociedade brasileira de diversos tipos. Mal o ano começou e já participamos de diversas manifestações contra o aumento das tarifas dos transportes coletivos pelo Brasil, estivemos denunciando e presentes nas diversas lutas contra as remoções de trabalhadores das suas casas, apoiamos os atos contra os impactos da Copa puxados pelos Comitês Populares em diversos estados, repudiamos a contínua e crescente violência e criminalização da juventude popular, passando pelos “rolezinhos” até as diversas execuções policiais e de grupos paramilitares que vem ocorrendo nas periferias.


Sem dúvida, trata-se do início de um novo ciclo da luta de classes no país, o que aumenta a responsabilidade da juventude comunista em se inserir, aprender e organizar cada vez mais as lutas populares, como também construir uma real alternativa de poder que faça frente ao poder dos monopólios e da burguesia. A resposta dos governos e da burguesia a estes descontentamentos têm um direcionamento político claro: desmobilizar e desorganizar qualquer alternativa de organização autônoma da juventude e das classes populares. Para alcançar estes objetivos as forças comprometidas com a conservação do capitalismo atacam em diversas frentes, que vão desde a ofensiva ideológica através dos meios de comunicação, até a mobilização do exército para reprimir, se infiltrar e desarticular manifestações contrárias aos megaempreendimentos do capitalismo brasileiro – repressão esta que já se normatizou juridicamente pelo Governo Dilma através da Portaria Normativa n° 3461.

Nesta conjuntura, dois caminhos se apresentam!

No campo dos trabalhadores e da juventude popular, vemos as manifestações de alguns dilemas de organização para estabelecer uma mínima unidade frente aos ataques do grande capital. De um lado, acompanhamos a incursão de setores governistas do chamado campo democrático-popular, que estão cada vez mais comprometidos e atrelados às meras disputas dentro da atual ordem vigente. Para esses setores, a solução para o atendimento das demandas dos trabalhadores estaria na retomada do crescimento do capitalismo brasileiro com reformas estruturais incorporando os anseios do povo trabalhador; o palco principal desta disputa seria o espaço institucional, instrumentalizando o movimento de massas a esta prioridade.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Copa no Brasil deixará ônus, e não legado, diz relatora da ONU

Para a urbanista Raquel Rolnik, o legado urbanístico que a Copa do Mundo vai deixar para o País não será significativo

Tidos pelo poder público como uma vitrine para o País e uma oportunidade de investimentos, os grandes eventos que serão realizados no Brasil acabaram servindo de estopim para uma série de reivindicações, que eclodiram nas agora conhecidas como jornadas de junho. Essas reivindicações seguem se desdobrando, causando dor de cabeça aos governantes e perplexidade aos estudiosos. No centro da questão, por sediar a final da Copa do Mundo e as Olimpíadas e fazer parte do imaginário estrangeiro do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro e os seus 6 milhões de habitantes servem de laboratório, e se veem entre as promessas de uma cidade melhor e a realidade caótica de má qualidade dos serviços públicos e obras aquém do anunciado.
Relatora especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU
para o Direito à Moradia Adequada acredita que Copa
não deixará legado significativoFoto: Marc Ferré/UN Photo / Divulgação

Para a urbanista Raquel Rolnik, professora da Universidade de São Paulo e relatora especial do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Moradia Adequada, que acompanha de perto o processo desde 2009, a principal discussão que se coloca é o direito à cidade e a necessidade de se investir em uma cidade realmente para todos. "Não é comprar casa, comprar moto. Tem uma dimensão publica essencial que é a urbanidade e que precisa ser resolvida", afirma.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Junho é a materialização do Bloco Revolucionário do Proletariado

Mauro Iasi além de membro do Comitê Central do PCB é professor da Escola de Serviço Social da Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com diversos livros e trabalhos acadêmicos publicados, sendo que foi presidente do sindicato dos docentes dessa mesma instituição durante o período 2011-2013.

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Em longa entrevista exclusiva ao Diário Liberdade Iasi abordou sua pré-candidatura; a formação de uma Frente de esquerda com PSOL, PSTU e movimentos sociais; a reconstrução do Partido Comunista Brasileiro depois do fim da URSS; a construção do Poder Popular como alternativa de ruptura com a ordem burguesa; as Jornadas de Junho como materialização do Bloco Revolucionário do Proletariado e a constituição de uma Frente anticapitalista e anti-imperialista a nível nacional e internacional. Também falou sobre os 10 anos de governos do PT e do rompimento do seu partido com o governo Lula em 2005.

Além disso, salientou que o Brasil já realizou sua revolução burguesa, não clássica, parecida com que Lênin chamou de via prussiana e Gramsci de revolução passiva. Ou seja, pela fala do professor não resta dúvida que a tarefa do proletariado como classe no Brasil é fazer a revolução socialista.