Na manhã da sexta-feira, dia 02 de outubro,
estudantes, técnicas/os e docentes da UFPE saíram em direção à reitoria para
participar do Conselho Universitário, que tinha como pauta a homologação do
Novo Estatuto da UFPE, e foram recepcionadas/os pelos seguranças da Universidade
com bastante violência. A comunidade acadêmica, interessada em construir o
espaço com mais representatividade e transparência, foi impedida de acompanhar
a reunião.
Desde então, a reitoria da Universidade Federal
de Pernambuco encontra-se ocupada pela comunidade acadêmica, que cobram do reitor Anísio
Brasileiro a homologação do Novo Estatuto da UFPE, construído coletivamente
durante o último Congresso Estatuinte. O Novo Estatuto, dentre outros avanços,
prevê paridade entre os três segmentos que compõem o corpo universitário (estudantes,
técnicas/os administrativas/os e docentes) dentro dos espaços de deliberação na
Universidade, tornando a UFPE um espaço mais democrático e popular.
A reitoria, ignorando todas as deliberações tiradas
no Congresso Estatuinte, afirma que seu objetivo agora é criar comissões para rediscutir
cada item do estatuto, por haver supostas inconstitucionalidades no mesmo. Mais
uma vez, fica evidente a postura autoritária dos setores dominantes dentro da
Universidade e o descompromisso do reitor com a democracia. Desde o primeiro
dia, setores ligados ao gabinete do reitor vêm tentando “dialogar” com as/os
estudantes, porém tudo isso não passa de tentativas de imposição do modelo antidemocrático
da atual gestão!
Apesar de toda coerção praticada pela segurança
universitária, sob o comando do reitor, que vai desde agressões físicas e
psicológicas a estudantes até cortes no fornecimento de energia e água ao
prédio da reitoria, a ocupação encontra-se mais forte do que nunca.
Convidamos a todas e todos a ocuparem a reitoria!
Esse espaço é de todo nós!
Lutar, criar, Universidade Popular!
União da Juventude Comunista (UJC)
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Unidade Classista (UC)
Coletivo Ana Montenegro
Jornal O Poder Popular
Duas notas:
ResponderExcluirÉ segmentos e não seguimentos.
Se como diz no comunicado "Desde o primeiro dia, setores ligados ao gabinete do reitor vêm tentando “dialogar” com as/os estudantes" não explica porquê " tudo isso não passa de tentativas de imposição do modelo antidemocrático da atual gestão". Dialogar aparece entre parentesis, porquê? Houve ou não tentativa de diálogo? Se houve isso é positivo e implica a disposição para negociação, o que contradiz a ideia de "postura autoritária dos setores dominantes dentro da Universidade e o descompromisso do reitor com a democracia". Desta forma não fica clara a argumentação, dando a impressão de que de facto não querem diálogo.