"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros." (Che Guevara)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

E se votarmos nos comunistas?

*Alejandro Ruiz

Pela primeira vez em seus quase 80 anos de história, o Partido Comunista da Venezuela (PCV) ocupa um lugar de destaque na cédula eleitoral: acima e à esquerda, justamente ao lado do majoritário Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). O lugar outrora reservado aos partidos burgueses AD, Copei e o reformista MAS, agora corresponde às forças da Revolução Bolivariana, e isso não é pouca coisa na luta político-eleitoral.

Graças à aliança perfeita entre socialistas e comunistas para as próximas eleições legislativas, no dia 26 de setembro, todos os candidato do PSUV são os mesmos do PCV, na lista de votação nominal, em todos os estados do país. Votando no PSUV ou no PCV se vota nos mesmos candidatos.
Então, por que votar pelos comunistas? Não é a mesma coisa?
É o mesmo, eleitoralmente falando, mas cada voto no PCV teria uma qualidade diferente na luta para aprofundar a Revolução, para combater a contrarrevolução e as tendências reformistas.
Pessoalmente, uma única razão seria suficiente para votar nos comunistas: os dirigentes do PCV estão dispostos a correr o mesmo risco de seus militantes e do povo humilde, e assumem isso em seu modo de vida. Às vezes até o sacrifício de morrer por sua causa.
Mas, além disso, há outras razões. Cada voto pelos comunistas do PCV seria um reconhecimento à sua trajetória e consequência, desde sua fundação em 1931, na luta pelo socialismo; à sua lealdade com o Comandante Chávez desde que apoiaram sua candidatura presidencial em fevereiro de 1988.
Enquanto alguns que se diziam fiéis ao Presidente Chávez o traíram e debandaram para o lado da oposição e do imperialismo, os dirigentes e militantes do PCV se mantêm firme nestes 11 anos de Governo Revolucionário. Sua bandeira com o Galo Vermelho esteve sempre presente, sem exigir cargos nem privilégios burocráticos para apoiá-lo.
Cada voto no PCV é um voto contra os renegados de ontem e contra os traidores de hoje com suas teorias do "socialismo democrático", no estilo de Podemos (Por la Democracia Social), e do "socialismo produtivo", do extraviado PPT, que como partidos aliados cresceram no Governo e tudo lhes parecia bem e perfeito, mas agora coincidem com a direita mais rançosa em seus ataques desmedidos contra Chávez e a Revolução.
Cada voto nos comunistas é, também, um voto para a sincera e construtiva crítica revolucionária às falhas e erros no desenvolvimento da gestão de governo.
Além disso, cada voto no PCV é um voto para impulsionar leis revolucionárias pendentes, que contribuam para transformar as relações sociais de produção e a construir a hegemonia do sistema socialista sobre a realidade capitalista atual, como a Lei dos Conselhos Socialistas de Trabalhadores, para exercer o controle da e operária nas empresas públicas e privadas existentes.
É votar por quem deu estimulou insistentemente na Assembléia Nacional e nas ruas a aprovação de uma Nova Lei Orgânica do Trabalho, que estabeleça estabilidade laboral geral e absoluta; redução da jornada de trabalho; retroatividade para o cálculo das prestações sociais; incremento do período de repouso pré e pós-natal.
Votar pelos comunistas é votar pela sua proposta de nacionalização e socialização de todo o sistema bancário e financeiro do país, com mecanismos de participação de seus trabalhadores no controle da gestão. E assim, cortar pela raiz a podridão financeira que frauda seus clientes-vítimas e aproveita-se da renda do petróleo.
Porque votar nos comunistas é fortalecer a corrente internacional que mais se comprometeu e lutou na defesa da Revolução Bolivariana em todos os países do mundo. Enquanto os chamados partidos socialistas de vários continentes e a Internacional Socialista se unem com a direita para atacar Chávez e seu governo, os comunistas o defendem com fervor na Europa, Ásia, América do Norte, América do Sul, na África e na Oceania.
E porque cada voto no PCV será como uma pedrada nos dentes da campanha anticomunista e contrarrevolucionária do Cardeal Urosa e a cúpula eclesiástica antipatriota. Será como uma pedrada nos dentes dos mentirosos do canal Globovisión, do diário El nacional e dos meios de comunicação privados.
Cada voto nos comunistas será um míssil no fígado do imperialismo e de seus lacaios. E, caso sejam muitos os votos, a burguesia levaria um bom susto. No mínimo.

Traduzido por: Valeria Lima
Fonte:
PCV

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