Paulo Câmara foi eleito em um dos episódios mais bizarros da história política de Pernambuco.
Usou uma tragédia, a morte de várias pessoas, dentre elas do ex-governador Eduardo Campos, com plataforma política. O velório virou comício, a dor fonte de votos, a perda motivo de propaganda.
O boneco de Eduardo Campos prometeu mundos e fundos na época da eleição. A propaganda muito bem construída mostrava-o como um administrador eficiente que resolveria todos os problemas do estado. Na verdade, Paulo Câmara, é continuador do projeto político privatista e autoritário de Eduardo Campos.
Campos deixou o estado quebrado com 8 bilhões em dívidas, crise na saúde, educação, sistema carcerário, etc. e os serviços públicos com sua administração privatizada através das chamadas Organizações Sociais (OS).
Paulo Câmara tenta seguir o mesmo caminho do seu mestre, mas agora as condições econômicas disso estão mais difíceis. Como forma de reação o governador eleito tenta de forma autoritária calar seus críticos e impedir a luta dos sindicatos, movimentos sociais e organizações de esquerda.
Primeiro processou o Professor Michel Zaidan da UFPE em um atentado contra a liberdade de expressão, e agora ataca o camarada Áureo Cisneiros, um importante lutador do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco – Sinpol.
O Sinpol vem denunciando o descaso com a polícia civil. Falta de materiais, delegacias sem estruturas, problemas para realizar perícias e processos investigativos, poucos policias por ausência de concurso público, excesso de trabalho, etc. A polícia civil é responsável pela parte investigação dos crimes cometidos no Estado.
Com uma política investigativa desestruturada e enfraquecida os índices de violência dificilmente terão uma redução. O Pacto Pela Vida, programa bastante ineficiente na prática, mas rodeado de muita propaganda, ao que parece, não se preocupa com a qualidade do trabalho dos policiais civis.
Na luta por melhores condições de trabalho, salário e pela reestruturação da polícia o Sinpol teve que enfrentar várias vezes a truculência e a total ausência de diálogo do governo.
Por ter criticado o governador do Estado, o camarada Áureo é processado, o Sinpol sofre várias perseguições e vários outros movimentos de luta são recebidos com repressão.
Paulo Câmara acha que é um coronel do interior pernambucano no começo dos anos 20 que pode mandar e desmandar e ninguém questionar suas ordens. O governador e seu desgoverno terão cedo ou tarde que perceber que em Pernambuco tem muita luta e que não ficaremos calados.
O camarada Áureo tem toda solidariedade do povo Pernambucano, da Unidade Classista, União da Juventude Comunista, Partido Comunista Brasileiro e de todos que lutam por mais direitos, democracia real e para transformar a vida do povo trabalhador!
Abaixo a repressão e a perseguição!
Somos todos Áureo!
"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros." (Che Guevara)
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
domingo, 11 de outubro de 2015
NOTA DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA CONTRA ESTUDANTES QUE OCUPAVAM A REITORIA DA UFPE
A União da Juventude Comunista
(UJC) manifesta repúdio à violência aplicada as/aos estudantes durante a ação
de reintegração de posse da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco,
nesta quinta-feira (8).
A ação das policias Federal e
Militar mostrou mais uma vez a truculência destas em situações de conflito,
onde sempre se dispõem a agir com violência e repressão, sem cogitar o diálogo.
A reintegração de posse ocorreu em um momento decisivo da negociação entre ocupantes
e a reitoria, mediada pela comissão de Direitos Humanos da UFPE, porém a
entrada da polícia na Universidade foi autorizada antes que fosse estabelecido
um acordo entre as duas partes. Isso comprova mais uma vez que a reitoria, na
figura de Anísio Brasileiro, é quem não está interessada em dialogar com os/as
estudantes. O ataque ocorreu enquanto os/as estudantes aguardavam a resposta da
reitoria em relação à marcação de uma reunião do Conselho Universitário que
fosse aberta a toda comunidade acadêmica interessada em participar e tivesse
como pauta, exclusivamente, a homologação ou não do Novo Estatuto.
Anísio Brasileiro procurou,
nesses últimos 7 dias, lavar suas mãos e deixar os/as estudantes à mercê da
truculência da polícia. Entretanto, é dele a culpa de desde o início da
ocupação ter exposto estudantes a situações desumanas (efetuando cortes de água
e energia no prédio da reitoria), e, por fim, ter autorizado a entrada da
Polícia Federal, que utilizou toda sua brutalidade desproporcional para
violentar ainda mais os/as estudantes. Violência essa super evidenciada com o
saldo de dois estudantes sendo detidos e levados a responder inquérito. Manifestamos apoio as/aos estudantes presas/os e agredidas/os e nos somamos
à corrente de solidariedade e apoio aos que já estão sendo perseguidas/os. Lutar
não é crime! Nossas vozes não se silenciaram!
Deste modo, a UJC torna pública sua repulsa à repressão de
estudantes e trabalhadores/as em nome da liberdade de manifestação da opinião,
da livre expressão, e em defesa de uma Universidade popular.
ESTUDAR, ORGANIZAR E CRIAR PODER POPULAR!
UJC Pernambuco
terça-feira, 6 de outubro de 2015
NOTA CONJUNTA DE APOIO À OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UFPE
Na manhã da sexta-feira, dia 02 de outubro,
estudantes, técnicas/os e docentes da UFPE saíram em direção à reitoria para
participar do Conselho Universitário, que tinha como pauta a homologação do
Novo Estatuto da UFPE, e foram recepcionadas/os pelos seguranças da Universidade
com bastante violência. A comunidade acadêmica, interessada em construir o
espaço com mais representatividade e transparência, foi impedida de acompanhar
a reunião.
Desde então, a reitoria da Universidade Federal
de Pernambuco encontra-se ocupada pela comunidade acadêmica, que cobram do reitor Anísio
Brasileiro a homologação do Novo Estatuto da UFPE, construído coletivamente
durante o último Congresso Estatuinte. O Novo Estatuto, dentre outros avanços,
prevê paridade entre os três segmentos que compõem o corpo universitário (estudantes,
técnicas/os administrativas/os e docentes) dentro dos espaços de deliberação na
Universidade, tornando a UFPE um espaço mais democrático e popular.
A reitoria, ignorando todas as deliberações tiradas
no Congresso Estatuinte, afirma que seu objetivo agora é criar comissões para rediscutir
cada item do estatuto, por haver supostas inconstitucionalidades no mesmo. Mais
uma vez, fica evidente a postura autoritária dos setores dominantes dentro da
Universidade e o descompromisso do reitor com a democracia. Desde o primeiro
dia, setores ligados ao gabinete do reitor vêm tentando “dialogar” com as/os
estudantes, porém tudo isso não passa de tentativas de imposição do modelo antidemocrático
da atual gestão!
Apesar de toda coerção praticada pela segurança
universitária, sob o comando do reitor, que vai desde agressões físicas e
psicológicas a estudantes até cortes no fornecimento de energia e água ao
prédio da reitoria, a ocupação encontra-se mais forte do que nunca.
Convidamos a todas e todos a ocuparem a reitoria!
Esse espaço é de todo nós!
Lutar, criar, Universidade Popular!
União da Juventude Comunista (UJC)
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Unidade Classista (UC)
Coletivo Ana Montenegro
Jornal O Poder Popular
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segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Saúde não é mercadoria!
Contra à privatização do SUS!
Aconteceu nessa quarta-feira (01/10/15), no Auditório do Centro de Educação da UFPE, às 17 hs, o I SEMINÁRIO DA FRENTE RECIFENSE CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE. O Tema escolhido para o debate foi: “Quem se beneficia com a privatização da saúde?”.
Aconteceu nessa quarta-feira (01/10/15), no Auditório do Centro de Educação da UFPE, às 17 hs, o I SEMINÁRIO DA FRENTE RECIFENSE CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE. O Tema escolhido para o debate foi: “Quem se beneficia com a privatização da saúde?”.
Estavam compondo a mesa de abertura o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco – CRP-PE, o Conselho Regional de Serviço Social de Pernambuco – CRESS-PE, o Centro Brasileiro de Estudos em Saúde – CEBES, o Núcleo de Luta Antimanicomial Libertando Subjetividades e o camarada Leandro Barbosa do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco – SINTUFEPE. Na mesa de debates estiveram o professor da UFPE e militante do PCB Atenágoras Oliveira, o Conselheiro de Saúde Hermias Veloso, a professora da UFPE Raquel Soares e o camarada Wladimir Nunes da Frente Nacional contra Privatização da saúde e militante do PCB.
A mesa debatedora construiu um diálogo facilitador e combativo para todas/os presentes no espaço. As discussões evidenciaram que o SUS foi e é uma conquista da classe trabalhadora brasileira, as ofensivas drásticas de sucateamento e privatização do SUS no governo do PT evidenciam a que classe esse partido serve e geri o capital. O processo de privatização faz parte da natureza do capitalismo e essa lógica privatista afeta todos os setores de direitos sociais das classes populares e trabalhadora. A convocatória da mesa foi o chamado para a ruptura com o modelo de sociedade burguesa e a construção de uma nova sociedade, onde todas e todos tenham garantidos saúde, alimentação, educação, moradia, lazer, cultura de qualidade.
No âmbito do estado de Pernambuco a situação assemelha-se ao nacional. Foram apresentados muitos dados que demonstram como o governo do PSB investe na entrega do gerenciamento das UPAS e Hospitais gerais as OS’s, o que acarretou recentemente numa série de fechamentos de leitos, leitos de maternidades, desmantelamento do programa Atitude, demissões em massa, uma política austera que entrega a organização pública para a administração privada.
Estiveram presentes no seminário dezenas de estudantes, professoras/es universitárias/os trabalhadoras/es, usuárias/os, militantes de movimentos sociais e partidos políticos de esquerda. O seminário foi finalizado com a convocatória para participação da próxima reunião da Frente Recifense Contra à Privatização da Saúde, que acontecerá dia 7 de outubro antes da abertura da conferência estadual de saúde no Centro de Convenções, na ocasião haverá uma oficina formativa com o tema da privatização para todas e todos que participarão da conferência com o camarada Wladimir Nunes.
Atualmente, a Frente Recifense é construída pela União da Juventude Comunista - UJC, Unidade Classista - UC, Conselho Regional de Serviço Social - CRESS, Coletivo de Estudantes de Psicologia – CEP-PE e Coletivo de Residentes de Pernambuco.
“Com o SUS, para além do SUS!”
Por um SUS público, estatal e de qualidade!
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