Desde o dia 13 de Dezembro de 2010 iniciou o XVII Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE), no dia 21 de Dezembro de 2010 é a data do término desse encontro que reúne jovens e estudantes de várias organizações políticas e estudantis do mundo. No Brasil, dentre os delegados brasileiros, cinco deles são da União da Juventude Comunista (UJC), são eles: Túlio Lopes, de Belo Horizonte, Paulo Winicius Maskote, de Goiânia, Thiago Jorge, de Brasilia, Suzana Hopper , de Porto Alegre, e Mari Marques, do Rio de Janeiro, todos membros da Coordenação Nacional da UJC. Antes do embarque rumo ao continente africano o camarada Túlio afirmou: "A UJC retomou sua participação nas reuniões e atividades da FMJD após uma pausa em função do processo de reorganização nacional da juventude do PCB que ocorreu entre os anos 90 e os primeiros anos deste século. Participamos de todas as edições dos Festivais e esperamos que o XVII FMJE que se realizará nos próximos dias na África do Sul possa contribuir para a articulação da luta da juventude pela paz mundial e pelo socialismo. No XVII FMJE, principal evento político internacional da juventude, tem uma importante mensagem que na prática é uma bandeira política da UJC - Brasil. Derrotemos o imperialismo! A UJC participa do XVII FMJE buscando reforçar os laços de solidariedade na luta antiimperialista com todas as juventudes comunistas e revolucionárias do mundo. A conjuntura atual marcada pela Crise Economica Mundial aponta ainda para a necessidade de travarmos a batalha para derrubar os alicerces do sistema capitalista. Os militantes da UJC que integram a delegação brasileira estão certos destas e outras importantes tarefas que lhes cabem neste Festival."Sobre a visão do Brasil que os jovens comunistas levarão para o Festival, Túlio conclui que: "Não apresentaremos o Brasil do conto de fadas do Governo e seus aliados, e sim as várias lutas que estão sendo travadas em nosso país na perspectiva de construir um Brasil Socialista." É com o espírito de solidariedade e internacionalismo características da UJC, organização presente em todas as edições dos Festivais, desde 1947, que vão imbuídos os jovens comunistas para contribuir na construção do XVII FMJE.
Logo abaixo segue a saudação que a UJC levará aos jovens presentes no XVII Festival Mundial da Juventude e dos Estdantes:
PELA PAZ MUNDIAL E PELO SOCIALISMO:
DERROTEMOS O CAPITALISMO E O IMPERIALISMO!
Fomos, somos e seremos internacionalistas: com a FMJD há 65 anos, com a FMJD nas lutas que virão!
A União da Juventude Comunista desde sua fundação, no dia 1º de agosto de 1927, tem na solidariedade e na luta pelo Comunismo as bases que sustentam nossa prática internacionalista. Como internacionalistas estivemos presentes na Conferência Mundial Juvenil, ocorrida no dia 10 de novembro de 1945, na cidade de Londres, quando foi fundada a Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD). Como membro-fundador, a UJC se fez presente em todos os Festivais Mundiais da Juventude e dos Estudantes (FMJE). Desde Londres e Praga, diversos militantes da UJC ajudaram a construir a Federação e os Festivais. Não como meros participantes ou observadores, mas sim como verdadeiros internacionalistas e revolucionários que vêem no Comunismo a alternativa para a superação da exploração do homem pelo homem, através de uma sociedade justa, fraterna, solidária e de paz. Neste XVII FMJE reafirmamos nosso internacionalismo, contribuindo para que a FMJD esteja cada vez mais fortalecida: Por um mundo de paz, solidariedade e transformações sociais: derrotaremos o Capitalismo e o Imperialismo!
O Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes é uma vitória da juventude sul-africana, é uma vitória da juventude mundial!
Saudamos a juventude e o povo sul-africano pelo seu exemplo e pela sua importância fundamental nas lutas travadas contra o racismo, a opressão e o Imperialismo em todo o mundo. A realização do XVII FMJE na África do Sul é um marco para a juventude mundial. Durante estes dias de dezembro todos os jovens antiimperialistas estarão com suas atenções voltadas para o que se estará debatendo e mobilizando nas atividades realizadas no Festival. O povo sul-africano através de suas lutas será um imenso professor de solidariedade, luta e mobilização para os milhares de jovens aqui presentes. Saudamos também Nelson Mandela e Fidel Castro como exemplos de dois heróis, de dois grandes povos que são referência para todos os jovens em luta contra o imperialismo nos dias de hoje e nos dias que virão! Viva o povo e juventude sul-africana! Viva Mandela! Viva Fidel!
Solidariedade internacional para derrotar o capitalismo e o imperialismo
Os desdobramentos da crise econômica mundial fazem surtir seus efeitos sobre toda a juventude no mundo. Os números mostram que os índices de desemprego entre os jovens são os mais altos da história, ao mesmo tempo se aprofundam as desigualdades, a pobreza e a falta de acesso a direitos básicos como emprego, saúde, habitação, lazer e educação para amplas parcelas da juventude mundial. A recessão no centro do Império, os Estados Unidos, faz com que o mundo inteiro pague pela crise. A crise foi socializada entre os paises e suas contas estão sendo pagas pela exploração da classe trabalhadora. Na Europa, os ajustes fiscais adotados pelos governos capitalistas fizeram reacender a organização e a mobilização dos trabalhadores. Na França, Grécia, Espanha, Portugal e Inglaterra, para citar alguns, a luta de classe tem se intensificado. Em contrapartida os capitalistas, através do Estado, tem respondido com repressão e violência as lutas dos trabalhadores. É de fundamental importância o papel que a juventude tem desempenhado na radicalização do conflito, e na intensificação da luta contra o capital. O Imperialismo tem procurado saídas bélicas para reativar a economia capitalista, além de planejar o extermínio de qualquer resistência ao seu projeto de guerra e exploração. As agressões que sofrem o povo Palestino, Iraquiano e Afegão são exemplares neste sentido. Irã e Coréia do Norte vem sendo ameaçados constantemente em sua soberania e autodeterminação, podendo ser vitimas de ataques militares a qualquer momento. Na América Latina tem crescido as tentativas de golpe contra os governos antiimperialistas do continente, como ocorreu na Venezuela, na Bolívia e no Equador, onde no mês de novembro foi assassinado o camarada Edwin Perez, secretário-geral da Juventude Comunista do Equador, que morreu no processo de resistência ao golpe de estado. A militarização do continente latino-americano é uma realidade: a reativação da Quarta Frota; a ocupação militar no Haiti, capitaneada por tropas brasileiras, a mando do Imperialismo; o golpe militar em Honduras; o aprofundamento da política fascista do governo Colombiano, contra os lutadores e lutadoras sociais, que vem resistindo pacifica e militarmente, através da luta heróica dos camaradas das FARC-EP; a prisão do camarada Manuel Olate no Chile, pelo governo direitista de Piñera, na tentativa de criminalizar as lutas e os movimentos sociais são exemplos dos desafios colocados pelo Imperialismo as lutas dos povos e da juventude latino-americana; além da continuidade do bloqueio criminoso a Cuba Socialista que segue resistindo heroicamente ao Império. Contra o Imperialismo e o Capitalismo: unidade, solidariedade e internacionalismo!
No Brasil, derrotamos a extrema-direita nas urnas agora é derrotar a social-democracia nas ruas!
A União da Juventude Comunista apoiou as candidaturas apresentadas pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) nas eleições de 2010. Através da candidatura de Ivan Pinheiro, defendemos uma alternativa socialista para o Brasil que rompesse com o consenso burguês. Hoje, torna-se necessário que as forças socialistas busquem constituir uma alternativa real de poder para os trabalhadores e a juventude, capaz de enfrentar os grandes problemas causados pelo capitalismo e responder às reais necessidades e interesses da maioria da população brasileira. Estamos convencidos de que não serão resolvidos com mais capitalismo os problemas e as carências que os trabalhadores e a juventude enfrentam: no acesso à terra, em outros direitos essenciais à vida como emprego, educação, saúde, alimentação, moradia, transporte, segurança, cultura e lazer. Pelo contrário, estes problemas se agravam pelo próprio desenvolvimento capitalista. Por isso, nossa clara defesa em prol de uma alternativa socialista. Com o projeto da direita política, derrotado nas urnas, que procurou eleger uma candidatura diretamente ligada às fileiras mais conservadoras da sociedade, derrotou-se também um projeto que disputava as estratégias de neutralização dos movimentos populares e sindicais, que interessa aos capitalistas, diferindo com o projeto do PT somente quanto à ênfase na cooptação política e financeira ou na repressão e criminalização dos movimentos sócias, além das diferenças na forma como o capitalismo brasileiro deve se inserir no cenário mundial. Com a vitória de Dilma Roussef, venceu o projeto social-democrata, que seguirá conciliando com o grande capital monopolista, em todos os seus setores - industrial, comercial, bancário, serviços, agronegócio e outros. Com o possível agravamento da crise do capitalismo, podem aumentar os ataques aos direitos sociais e trabalhistas e a repressão aos movimentos populares. A resistência dos trabalhadores e o seu avanço em novas conquistas dependerão muito mais de sua disposição de luta e de sua organização. A UJC, junto ao PCB, busca na construção de uma Frente Anticapitalista e Antiimperialista uma alternativa para a juventude lutar pela construção do Socialismo, na perspectiva do Comunismo.
Coordenação Nacional
UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA
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