Continuando a série de textos críticos sobre o legado político-administrativo [1] de Eduardo Campos, vamos falar de sua forma de gestão na máquina pública e do seu partido, o PSB. Os elementos analisados contribuíram para desmistificar a áurea do líder moderno e democrático que Eduardo Campos criou sobre si mesmo – usando muito dinheiro público para isso, é claro. Vamos demonstrar a prática de nepotismo no aparelho do Estado, o aparelhamento da máquina pública e lembrar alguns episódios da dinâmica interna do PSB que explicitam bem o modo eduardiano de fazer política.
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Eduardo Campos, como bom marqueteiro que era, sempre procurou passar uma imagem dissociada de suas práticas reais. Seu governo aprovou a lei complementar N° 097, de 01 de outubro de 2007, que criminalizava o nepotismo. Nepotismo é a prática de empregar parentes na máquina pública. Depois de aprovada esse lei, Eduardo usou todomarketing imaginável para mostrar que Pernambuco, no seu governo, estava livre de várias práticas nepotistas e coronelistas. Vamos à realidade:
Os jornalistas Conceição Lemes, Chico Deniz e Daniel Bento fizeram uma ampla pesquisa nas nomeações de parentes na Era Eduardiana, e ao final do último mandato chagaram a essa conclusão:
Atualmente, sete primos – antes eram nove – ocupam cargos na administração estadual de Pernambuco, além de, pelo menos, mais dois sobrinhos, uma tia, o sogro, uma cunhada e um ex-cunhado. Não estão incluídos aí os dois tios e a mãe do governador que estão em postos na administração federal. [2]